Diplomatas e membros do governo Lula não demonstram grande preocupação com a postura do novo governo de Donald Trump em relação ao Brasil. A expectativa é que Trump continue a ignorar o país, como fez durante seu mandato anterior, quando não houve interação significativa, nem mesmo quando o presidente Jair Bolsonaro expressou apoio ao americano na ONU. No entanto, a situação pode mudar dependendo da postura de Elon Musk, que, caso envolva o Brasil em disputas, poderia influenciar a posição de Trump.
Elon Musk, após seu confronto com o ministro Alexandre de Moraes, pode ser uma chave para alterar a relação entre os dois países. Caso Musk decida intensificar o embate com o Brasil, isso pode gerar uma reação da parte de Trump, alterando a dinâmica diplomática. A crise gerada quando o X, plataforma ligada a Musk, foi suspensa no Brasil devido a uma ordem do STF é um exemplo recente do impacto que figuras do setor tecnológico podem ter nas relações internacionais.
Embora o histórico de 200 anos de relações entre os dois países tenha sido pautado pelo pragmatismo, alguns acreditam que o Brasil pode criar uma relação com Trump similar à que teve com George W. Bush em 2002, mas essa hipótese é considerada improvável. A dinâmica também será afetada pelo fortalecimento da direita radical no Brasil e pelo novo alinhamento das grandes empresas de tecnologia, que podem influenciar o cenário político e eleitoral no país, especialmente nas eleições de 2026.