Os reguladores chineses reiteraram a intenção de proteger a estabilidade do yuan, que enfrenta pressões devido a expectativas de novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Em uma reunião recente, autoridades do Banco do Povo da China (PBoC) e da Administração Estatal de Câmbio confirmaram sua determinação em estabilizar a taxa de câmbio da moeda, mantendo-a dentro de um nível razoável e equilibrado. Além disso, os reguladores destacaram a intenção de penalizar ações que possam perturbar a ordem do mercado.
A moeda chinesa vem apresentando uma queda em relação ao dólar desde dezembro, atingindo os níveis mais baixos em 16 meses. Esse movimento ocorre em meio à incerteza gerada pelas propostas do presidente eleito dos Estados Unidos de impor tarifas de até 60% sobre as importações chinesas. O enfraquecimento do yuan também está associado ao comportamento dos rendimentos de longo prazo dos títulos da China, que continuam a cair, refletindo o aumento na busca por ativos mais seguros pelos investidores.
Em resposta à pressão sobre o yuan, o Banco Central Chinês tomou medidas para conter a depreciação da moeda. Entre as ações, destacam-se a interrupção das compras de títulos do governo em mercados abertos e o anúncio de uma venda recorde de letras emitidas pelo PBoC em Hong Kong. Além disso, foi facilitado o acesso das empresas nacionais ao financiamento externo, com um aumento no parâmetro macroprudencial, que visa melhorar a liquidez em dólares e reduzir a pressão sobre o yuan.