A Venezuela enfrenta uma situação política marcada pela falta de legitimidade internacional e a repressão crescente sob o regime de Nicolás Maduro. No poder há mais de uma década, Maduro se mantém no cargo com o apoio de regimes autocráticos, como Rússia e China, mas sem reconhecimento da maioria dos países e da União Europeia. A recente posse, considerada ilegítima, reacende a polarização, com o país dividido entre os apoios internos e a oposição, que denuncia a falta de transparência nas eleições e a repressão das manifestações.
O país segue em um cenário de constante tensão, com dois candidatos reivindicando a presidência. A oposição, por meio de figuras como Edmundo González Urrutia, desafia o regime, mas enfrenta ameaças de prisão e represálias. Além disso, a situação é agravada por acusações do governo de atos de conspiração contra líderes políticos e de direitos humanos, enquanto a repressão se intensifica. Nos últimos dias, opositores e jornalistas foram presos, aumentando o clima de medo e instabilidade.
Apesar da repressão, manifestações contra o governo continuam a ocorrer nas ruas. A líder da oposição, María Corina Machado, fez um retorno simbólico após meses de clandestinidade, reforçando o desafio à continuidade do regime. Em meio a um clima de crescente desconfiança, o futuro político da Venezuela parece incerto, com a integridade de líderes opositores como um ponto crucial para o desenrolar da crise política e social.