A nova lei complementar que regulamenta a reforma tributária no Brasil, sancionada nesta quinta-feira (16), trará mudanças significativas para o sistema tributário do país, com impacto no médio prazo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que a reforma visa tornar o sistema mais competitivo e reduzir a burocracia, o que permitirá um ambiente econômico mais favorável para investimentos. A mudança centraliza a cobrança tributária por meio do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), o que, segundo Haddad, possibilitará que as empresas invistam mais em inovação e capacitação, em vez de focarem em planejamento tributário para reduzir impostos.
Haddad também mencionou que o atual sistema tributário do Brasil está entre os piores do mundo, ocupando a 184ª posição em um ranking do Banco Mundial. Esse cenário dificulta o desenvolvimento do país e limita a competitividade das empresas, que atualmente dependem mais da estratégia tributária do que da inovação ou melhoria de seus processos. Com a reforma, a expectativa é que o novo modelo permita avanços gradativos, com uma transição que começará em 2026 e se estenderá até 2032, conforme o país implementa o IVA.
A reforma não trará resultados imediatos, mas o ministro afirmou que os benefícios serão percebidos a longo prazo, de forma similar às políticas educacionais implementadas em sua gestão no Ministério da Educação. Além disso, Haddad elogiou o trabalho de costura política para a aprovação da reforma, destacando a complexidade de alcançar um consenso entre todos os níveis de governo e setores econômicos. A reforma, que é vista como um legado importante para a economia brasileira, promete mudar a forma como o sistema tributário opera no país, contribuindo para um futuro mais competitivo e eficiente.