A reforma tributária do consumo, sancionada na quinta-feira (16), visa transformar o sistema tributário brasileiro, um dos mais complexos do mundo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as modificações são fundamentais para aumentar a competitividade da economia brasileira, especialmente com a redução da burocracia e a centralização da cobrança de tributos por meio do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA). Segundo o ministro, essas mudanças terão impacto no médio prazo, com a transição do sistema atual para o novo IVA ocorrendo entre 2026 e 2032.
Apesar da importância da reforma, Haddad reconheceu que os efeitos serão graduais e que a verdadeira transformação será perceptível apenas a partir de 2027. Ele comparou a reforma tributária a conquistas passadas na educação, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), que só deram frutos a longo prazo. O novo sistema promete melhorar a competitividade entre as empresas, deslocando o foco da guerra fiscal e do planejamento tributário para a inovação, modernização e capacitação profissional.
A reforma também representa um esforço considerável para reestruturar o pacto federativo, envolvendo um processo de negociação com prefeitos, governadores e diversos setores da sociedade. O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, foi destacado por Haddad pelo trabalho árduo de construir esse consenso. O ministro ressaltou que a reforma será um dos maiores legados econômicos do governo, embora seu impacto real só seja sentido ao longo de vários anos.