O governo federal anunciou a primeira mudança na reforma ministerial planejada pelo Palácio do Planalto, com a substituição na Secretaria de Comunicação Social. A troca busca melhorar a divulgação de conquistas como o crescimento do PIB e a redução da pobreza, que, segundo avaliação interna, não estavam sendo bem comunicadas ao público. O novo titular da pasta, responsável pelo marketing da campanha presidencial de 2022, terá como missão criar novos slogans e campanhas para reforçar a imagem do governo, já em preparação para o próximo ciclo eleitoral em 2026.
Além da comunicação direta com a população, o novo secretário deverá intermediar a articulação entre ministérios e a Casa Civil, promovendo maior alinhamento interno. O Planalto enfrenta desafios adicionais no Congresso, com baixos índices de aprovação de medidas provisórias – apenas 9% em 2024 – contrastando com os altos índices obtidos em mandatos anteriores. Essa dificuldade obrigou o governo a priorizar projetos de lei, demandando mais negociações e concessões para garantir avanços na agenda legislativa.
A reforma ministerial também busca fortalecer o apoio de partidos com presença na Esplanada dos Ministérios, promovendo maior fidelidade nas votações. Siglas como PP, União Brasil e MDB têm resistido a propostas do Executivo, dificultando a governabilidade. A expectativa é que as mudanças contribuam para consolidar uma base parlamentar mais sólida e eficiente, facilitando a aprovação de medidas estratégicas para o governo.