O ministro da Fazenda anunciou que a discussão sobre a reforma da renda terá início após a sanção da lei complementar que regulamenta o novo sistema tributário sobre o consumo. Essa legislação, considerada uma das reformas mais importantes já realizadas no Brasil, foi aprovada no Congresso no final do ano passado e deve ser sancionada pelo presidente na próxima semana. O objetivo do governo é avançar na agenda tributária, buscando reduzir desigualdades históricas no país.
Entre as propostas debatidas está a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, medida que provocou repercussões econômicas e sociais. O ministro destacou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre justiça tributária e neutralidade fiscal, sem transformar a reforma em um mecanismo de aumento de arrecadação. O foco está em combater a desigualdade, ajustando a carga tributária de forma a beneficiar as camadas de renda baixa e média, sem penalizar o investimento.
Para que a reforma possa entrar em vigor a partir de 2026, a aprovação no Congresso precisa ocorrer ainda este ano. Com uma agenda legislativa menos sobrecarregada, o governo acredita que será possível priorizar esse debate, promovendo diálogo com a sociedade para tornar os dados sobre desigualdade mais acessíveis. A intenção é construir uma solução justa que alivie o impacto da má distribuição de renda sem prejudicar os setores produtivos e os contribuintes.