Quatro reféns israelenses foram libertados pelo Hamas em Gaza após 477 dias de cativeiro, no sábado (25), em um contexto de cessar-fogo. Além dos reféns libertados, Israel também anunciou a soltura de 200 prisioneiros palestinos, em cumprimento ao acordo. No entanto, o governo israelense criticou a ação do Hamas, destacando que a organização priorizou a liberação de seus militares, ao invés de civis, contrariando o que havia sido estabelecido.
Entre as pessoas libertadas estão jovens de 19 a 20 anos, com histórias de vida distintas. Liri Albag, que foi sequestrada quando tinha 18 anos, pediu a seus familiares para não cancelar uma viagem planejada. Karina Ariev, ferida durante o ataque de outubro, tem o sonho de se tornar psicóloga, enquanto Daniella Gilboa, musicista, estava em contato com sua família no momento do sequestro. Naama Levy, neta de sobreviventes de campos de concentração, também foi libertada e participou de um programa de diálogo entre jovens israelenses e palestinos.
Apesar da libertação, o governo de Israel estima que entre 30% e 50% dos mais de 90 reféns ainda em poder do Hamas possam estar mortos. O acordo de cessar-fogo, que prevê a troca de 33 reféns israelenses por 1,5 mil prisioneiros palestinos, continua a ser alvo de tensões entre os dois lados, com acusações sobre o cumprimento dos termos acordados.