Em 2024, o Brasil registrou uma queda de 11,6% no número de registros de armas de fogo, passando de 28.402 em 2023 para 25.097 no ano seguinte. Esse recuo é atribuído ao endurecimento das políticas de acesso a armas, com destaque para a redução de 40,8% nas apreensões de armas, resultado das operações de combate ao tráfico de armas. A quantidade de emissões de porte de arma também caiu 30%, refletindo a política de desarmamento adotada pelo governo. Além disso, houve um aumento de 9,7% nas apreensões de munição, o que tem gerado preocupações sobre a facilidade de acesso a esses equipamentos por organizações criminosas.
No campo ambiental, 2024 foi marcado por um aumento nos crimes relacionados ao meio ambiente, com a Polícia Federal instaurando 5.690 inquéritos sobre questões ambientais. O número de indiciados por crimes ambientais também subiu, mas não foram fornecidos detalhes exatos em comparação com 2023. O país enfrentou picos de incêndios em diversas regiões, incluindo a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado, o que gerou críticas à resposta do governo no combate aos incêndios. A degradação da Floresta Amazônica, em particular, aumentou 497% em relação ao ano anterior, segundo dados de organizações de monitoramento.
Diante desses desafios, a Polícia Federal planeja intensificar as ações preventivas a partir de abril de 2025, com foco no combate a incêndios florestais e na investigação de crimes ambientais. O objetivo é antecipar possíveis ocorrências e coordenar esforços com as forças de segurança estaduais para mitigar os danos ambientais. As autoridades destacam a importância de uma abordagem tanto repressiva quanto preventiva, buscando ações mais eficazes para proteger o meio ambiente e garantir a segurança pública.