Em 2024, o Brasil elegeu o menor número de partidos em 16 anos, com 25 legendas representando os quase 63 mil prefeitos e vereadores eleitos para o mandato 2025–2028. Esse número é significativamente menor do que os 29 partidos registrados em 2020 e os 33 de 2016. A redução ocorre principalmente devido ao fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais, uma mudança implementada em 2020 que limitou a possibilidade de partidos menores se unirem a grandes legendas para garantir representação. Especialistas apontam que essa reforma, junto com outras alterações nas regras eleitorais, tem levado à diminuição do número de partidos no cenário político nacional.
Além das coligações, outras fusões e incorporações de partidos também contribuíram para a redução. O DEM e o PSL se uniram para formar o União Brasil, enquanto o Patriota e o PTB se juntaram ao PRD, e o Pros foi incorporado ao Solidariedade. No entanto, essas fusões não geraram ganhos significativos para as novas legendas. Exemplos disso são o União Brasil e o PRD, que elegeram menos candidatos do que as legendas originais em 2020. O mesmo ocorreu com o Solidariedade e o Podemos, que absorveram partidos menores, mas não obtiveram uma melhora expressiva no desempenho eleitoral.
A tendência de redução do número de partidos deve continuar, caso as regras eleitorais não sejam alteradas novamente, especialmente no que se refere às coligações. Isso pode afetar também as eleições estaduais e nacionais de 2026, uma vez que o número de prefeitos eleitos impacta diretamente o número de deputados federais. A diminuição do número de partidos tem implicações para a estrutura política do país, influenciando desde o tempo de TV até o tamanho do Fundo Partidário de cada legenda.