O governo federal estuda a possibilidade de reduzir a alíquota de importação de insumos agrícolas com o objetivo de reduzir o custo dos alimentos no Brasil. No entanto, técnicos do Ministério da Agricultura alertam que a medida teria efeitos limitados na inflação, já que o país importa uma quantidade pequena de insumos, e poderia gerar conflito com os produtores rurais. Além disso, a principal mudança seria observada no preço do pão, dado que o trigo, um insumo majoritariamente importado, é um dos principais componentes da alimentação brasileira.
Especialistas também destacam que, no caso das exportações, o impacto na redução de preços de alimentos seria baixo, pois a maior parte da produção agrícola consumida no Brasil é destinada ao mercado interno. Produtos como carne bovina e café, que têm destaque na pauta de preços, já são majoritariamente consumidos no país. A isenção de tarifas de exportação, como no caso do México, não tem efeito relevante sobre a cesta básica interna, pois o Brasil já exporta alimentos com isenção de tarifas para outras regiões.
Por fim, o governo considera ajustar as alíquotas de importação caso os preços internos dos alimentos superem os preços internacionais, em uma tentativa de equilibrar o mercado doméstico. No entanto, os ministros da Agricultura e da Casa Civil enfatizaram que a intenção não é realizar uma intervenção excessiva, mas sim garantir que os preços no Brasil sejam compatíveis com os praticados internacionalmente, sem prejudicar os setores produtivos nacionais.
