Em 2024, os programas de recompra de ações alcançaram um marco histórico, com 126 programas abertos, o maior número registrado desde 2005. Esses programas somam R$ 74,6 bilhões em volume alvo, com aproximadamente metade deles iniciados no segundo semestre de 2024. Analistas indicam que as empresas estão utilizando este momento de pessimismo no mercado como uma oportunidade estratégica para recomprar suas próprias ações.
O setor de utilities, composto por empresas de energia e saneamento, apresentou o maior rendimento histórico, com um yield de 5,22%. Já o setor de matérias-primas liderou em termos de volume-alvo, com R$ 15,2 bilhões. Além desses, os setores financeiro, de consumo e industrial também estão realizando recompras significativas, com valores superiores a R$ 5 bilhões em ações alvo. Em 2024, mais de R$ 30 bilhões foram recomprados, refletindo um forte movimento de empresas no mercado de ações.
Atualmente, existem oito programas de recompra abertos com valores acima de R$ 1 bilhão, oferecendo yield de pelo menos 7%. Dentre esses programas estão empresas como Copel, PRIO e Eletrobras, com menos de 25% de execução até o momento. Os setores de utilities, financeiro e materiais continuam a se destacar como os maiores em termos de volume financeiro ainda a ser recomprado, com cada um superando os R$ 9 bilhões em ações pendentes. A expectativa é que, devido à duração média de 18 meses desses programas, as empresas continuem ativas nas recompras ao longo de 2025.