Um grave risco à segurança tem afetado milhões de motoristas brasileiros, com mais de 3,5 milhões de veículos ainda circulando com peças defeituosas nos airbags. Esses componentes, quando acionados, podem causar ferimentos graves, com forças comparáveis a um disparo de arma de fogo, como demonstrado em trágicos acidentes recentes em Goiás. Em ambos os casos, a peça defeituosa foi identificada como responsável pela morte de motoristas em colisões de impacto leve. A perícia apontou que o objeto lançado pelo airbag atingiu as vítimas a uma velocidade superior a 300 km/h, causando lesões semelhantes às provocadas por projéteis de armas de fogo.
Embora os fabricantes tenham alertado para a necessidade de substituição dessas peças, muitos motoristas ainda não atenderam ao chamado de recall. A situação é alarmante, já que o número de veículos com defeitos identificados continua a crescer, colocando em risco a vida dos passageiros. A Secretaria Nacional de Trânsito recomenda que os proprietários verifiquem se há pendências de recall em seus veículos, oferecendo a possibilidade de realizar os reparos gratuitamente em concessionárias autorizadas.
De acordo com especialistas, a demora ou negligência em realizar os reparos pode resultar em consequências graves, incluindo a perda da validade do licenciamento anual do veículo. As montadoras cobrem todos os custos relacionados ao recall, o que elimina qualquer custo adicional para os motoristas. Além disso, o governo disponibiliza ferramentas online, como o site da Secretaria Nacional de Trânsito, onde é possível verificar facilmente se o carro está com alguma peça com defeito de fábrica.