Rebeldes apoiados por Ruanda avançaram para Goma, a maior cidade do leste do Congo, intensificando o conflito na região, que já enfrenta uma das maiores crises humanitárias do mundo. A milícia M23, composta principalmente por tutsis, afirmou ter tomado o controle da cidade, mas essa informação não foi confirmada de forma independente. Testemunhas relataram tiroteios e confrontos entre milícias locais e os rebeldes nas proximidades de áreas-chave, como o aeroporto e a fronteira com Ruanda.
O M23, que já havia capturado Goma em 2012, voltou a ganhar força e, com o apoio de Ruanda, retomou grandes áreas do território, incluindo zonas ricas em minerais, essenciais para indústrias globais. As tensões na região aumentaram com o deslocamento forçado de milhares de pessoas, somando-se ao número já alarmante de refugiados e deslocados internos no Congo. A ONU retirou parte de seu pessoal da cidade devido aos intensos combates e à crescente insegurança.
A situação na República Democrática do Congo é complexa, com múltiplos grupos armados e interesses de potências regionais, como Ruanda, em jogo. A luta entre o M23 e o exército congolês reflete uma disputa mais ampla pela proteção de grupos étnicos, pela segurança territorial e pelo controle de recursos minerais. A comunidade internacional tem pressionado por uma solução diplomática, mas a tensão continua a escalar, com poucas perspectivas de uma resolução pacífica no curto prazo.