Uma aliança rebelde, incluindo o grupo M23, conquistou a cidade de Goma, no leste da República Democrática do Congo, após enfrentar tropas governamentais e forças da ONU. Goma, estratégica e rica em minerais como o coltan, é uma cidade essencial para o controle da região, que é importante tanto para os interesses locais quanto internacionais. A tomada de Goma representa um avanço significativo para os insurgentes, que já controlam outras áreas mineradoras, e intensifica a crise humanitária no país. Estima-se que mais de 400 mil pessoas tenham sido deslocadas desde o início de 2025, com grande parte da população fugindo da violência.
O conflito no leste do Congo remonta à década de 1990, com a ascensão de milícias étnicas e grupos rebeldes, como o M23, que se considera defensor das comunidades tutsis na região. A falta de implementação de acordos de paz e a disputa por recursos minerais têm alimentado a violência. A presença de forças estrangeiras, como as tropas de Ruanda, também complicam a situação, com acusações de apoio aos rebeldes do M23, o que leva a tensões diplomáticas entre os dois países. As forças de paz da ONU e outras missões internacionais estão envolvidas, mas têm enfrentado dificuldades para conter os avanços territoriais do grupo rebelde.
A situação continua a piorar, com milhares de civis em necessidade extrema de ajuda humanitária. A escassez de recursos, a falta de acesso humanitário e a intensificação da violência deixam as comunidades locais em uma situação desesperadora. A perspectiva de paz permanece incerta, já que as soluções anteriores, incluindo negociações de trégua, falharam em resolver o conflito. A busca por uma solução duradoura passa por garantir a segurança na região e um controle mais eficiente dos recursos naturais, sem que isso resulte em mais fragmentação ou violência.