Na quarta-feira (22), o real teve um desempenho positivo frente ao dólar, com a cotação do dólar comercial caindo de R$ 6,06 para R$ 5,93, e fechando a R$ 5,92 na sexta-feira (24). O movimento foi impulsionado pela postura mais conciliadora adotada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, especialmente no que diz respeito às tarifas sobre a China. Para especialistas, essa redução nas tensões comerciais é vista como um fator positivo para o Brasil, pois pode criar um ambiente mais favorável para a economia brasileira.
No entanto, embora a valorização do real seja notável, economistas alertam que o mercado cambial é complexo e difícil de prever. Embora alguns acreditem que o valor justo do real esteja em torno de R$ 5,50, a instabilidade interna do Brasil, com desafios fiscais e uma dívida pública elevada, ainda representa um risco para o futuro da moeda. A recente melhora no câmbio é vista mais como uma reação ao cenário externo, e não a uma mudança substancial na economia brasileira.
Por fim, especialistas recomendam cautela na compra do dólar, especialmente considerando que, embora o real esteja valorizado, não há garantia de que essa tendência se manterá por muito tempo. Apesar disso, a queda do dólar abaixo de R$ 6,00 pode ser uma boa oportunidade de diversificação para investidores que ainda não possuem uma carteira internacional. A recuperação da confiança no Brasil, com avanços fiscais e tributários, será essencial para consolidar um ambiente econômico mais estável e atrativo para o mercado cambial.