O dólar iniciou a semana em alta frente ao real, impulsionado pela fragilidade das moedas de países emergentes e pela aversão ao risco no mercado externo. No entanto, o real se recupera diante da valorização do petróleo e do minério de ferro, embora o ajuste seja limitado pela força do dólar e pelos rendimentos mais altos dos Treasuries. O mercado segue atento aos próximos indicadores de inflação nos Estados Unidos, que podem influenciar as expectativas sobre a política monetária no país.
Internamente, a preocupação com a inflação brasileira permanece, conforme os dados divulgados pelo Banco Central. O relatório Focus mostrou uma leve elevação nas projeções de inflação para os próximos anos, com destaque para o aumento da estimativa para 2025 e 2026. Além disso, a mediana da Selic foi mantida para 2025 e 2026, mas houve um ajuste para 2027. O Banco Central também justificou, em carta ao Ministério da Fazenda, o estouro da meta de inflação para 2024, apontando que a convergência para o centro da meta de 3% não ocorrerá nos próximos 30 meses.
Hoje, o mercado segue atento aos desenvolvimentos econômicos e à comunicação do Banco Central, com destaque para a live do diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, organizada pela Bradesco Asset. O dólar à vista apresentava leve queda pela manhã, mas ainda se manteve volátil, com variações tanto para cima quanto para baixo. O mercado aguarda com expectativa os próximos dados econômicos que possam impactar as projeções para a moeda e para a política monetária no Brasil e no exterior.