A Operação Verão no Litoral Norte do Rio Grande do Sul registrou um aumento significativo no número de queimaduras causadas por águas-vivas, com ao menos 9.446 pessoas afetadas em apenas dez dias. Esse número já ultrapassa o total de ocorrências do mesmo período no verão passado, segundo dados fornecidos pelo coordenador operacional da operação. A situação se intensificou especialmente no dia 31 de dezembro, quando foram registradas mais de 2.800 ocorrências em um único dia.
O fenômeno é explicado por biólogos como uma corrente marítima proveniente do Norte do Brasil, que traz águas mais quentes e claras para a região, criando condições favoráveis para a proliferação das águas-vivas. Como medida de precaução, os guarda-vidas hastearam bandeiras roxas em diversas praias, sinalizando o risco de presença de animais marinhos perigosos. A principal orientação para quem sofre queimaduras é o uso de vinagre nas áreas afetadas, o que ajuda a neutralizar a dor antes de um procedimento de limpeza com água do mar.
Além dos danos às vítimas, que incluem adultos e crianças, a situação gerou preocupação nas famílias que frequentam as praias da região. Em relatos, algumas pessoas destacam a dificuldade de evitar que as crianças se aproximem da água, apesar dos alertas. A orientação é que, após o uso do vinagre, a área seja lavada com água do mar, aguardando um tempo antes de ser limpa com água doce para evitar agravamento da lesão. A situação segue sendo monitorada pelas autoridades locais enquanto o fenômeno continua a afetar a região.