O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins, ocorreu em 22 de dezembro, resultando em 14 mortes confirmadas e deixando três pessoas desaparecidas. Entre os veículos que caíram no rio Tocantins, estavam caminhões com substâncias químicas perigosas, como ácido sulfúrico e pesticidas, aumentando o risco de contaminação ambiental. As buscas pelos desaparecidos enfrentam dificuldades, agravadas pelas fortes correntezas e abertura das comportas de uma usina hidrelétrica na região, que podem ter deslocado corpos e materiais para áreas mais distantes.
A identificação das vítimas recuperadas foi conduzida por equipes forenses utilizando exames de DNA, devido ao avançado estado de decomposição de alguns corpos. Entre as vítimas localizadas recentemente está Alessandra do Socorro Ribeiro, cujo corpo foi resgatado na última sexta-feira. A tragédia gerou uma força-tarefa envolvendo a Marinha, Corpo de Bombeiros e especialistas para o resgate e identificação das vítimas. As operações podem ser suspensas caso não surjam novos indícios sobre o paradeiro dos desaparecidos, embora mergulhadores devam realizar varreduras finais nas áreas já investigadas.
O colapso da ponte foi atribuído ao cedimento de seu vão central, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que contratou um consórcio para reconstruir a estrutura até 2025. A cidade de Estreito, impactada pelo desastre, decretou situação de emergência, destacando prejuízos econômicos, riscos ambientais e a necessidade de apoio técnico e financeiro. Motoristas devem utilizar rotas alternativas até a conclusão das obras, e medidas de mitigação estão sendo tomadas para proteger o meio ambiente e as populações afetadas.