Quatro policiais militares envolvidos em uma operação no Rio de Janeiro em 2015 foram denunciados pelo Ministério Público e irão a júri popular, acusados de homicídio qualificado pela morte de um jovem de 17 anos. O caso inicialmente foi tratado como homicídio decorrente de confronto policial, mas uma nova prova, surgida após uma gravação de um dos policiais, revirou a investigação. Durante a conversa com uma namorada, o policial admitiu que o jovem não estava armado e que a cena do crime havia sido adulterada, o que levou à mudança da versão oficial sobre o caso.
A operação ocorreu na Comunidade da Ciclovia, em Niterói, onde os policiais alegaram que foram atacados por traficantes, resultando no confronto e morte de um suspeito. No entanto, após a divulgação das gravações telefônicas, o Ministério Público identificou evidências de que o jovem não estava armado, como afirmado pelos policiais. Além disso, a investigação revelou que um dos policiais teria subtraído pertences da vítima, como dinheiro e um celular, o que reforçou as acusações de irregularidades.
O julgamento dos acusados ainda está em andamento, e a decisão de levar os policiais a júri popular foi tomada em 2023. As defesas alegam que as acusações são infundadas e que a ação foi legítima, defendendo que os policiais agiram em legítima defesa. A data do julgamento ainda não foi definida, uma vez que as defesas recorreram da decisão e o recurso aguarda julgamento no Superior Tribunal de Justiça.