Uma operação policial no Rio de Janeiro resultou na prisão de uma quadrilha envolvida na produção e venda de anabolizantes clandestinos. Segundo as autoridades, os produtos eram fabricados em condições insalubres e sem a devida autorização sanitária, o que os tornava extremamente prejudiciais à saúde. Além do uso de substâncias químicas perigosas, como o benzoato de benzila, que pode ser tóxica quando injetada no corpo humano, os anabolizantes eram elaborados a partir de fontes de procedência duvidosa, colocando em risco órgãos vitais, como o fígado, podendo até provocar tumores hepáticos.
Em interceptações realizadas pela polícia, foram descobertas trocas de mensagens entre membros do grupo criminoso, com instruções detalhadas sobre a fabricação dos produtos, incluindo métodos improvisados e perigosos. A investigação revelou ainda que a organização operava com um vasto esquema de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e outros crimes financeiros, além de explorar influenciadores digitais pagos para divulgar os anabolizantes de maneira ilegal.
A venda de anabolizantes é regulamentada no Brasil para tratamentos médicos específicos, mas o uso para fins estéticos ou de aumento de desempenho esportivo é proibido pelo Conselho Federal de Medicina. Especialistas em saúde alertam para os riscos graves associados ao consumo desses produtos, como complicações no fígado e a possibilidade de desenvolver doenças graves ao longo do tempo. A polícia segue investigando a rede de distribuição e a possível conexão com outras atividades criminosas.