O senador Plínio Valério (PSDB-AM), único representante do partido no Senado, declarou que pode deixar a legenda caso se concretize a fusão ou incorporação com o PSD. Ele explicou que sua resistência a essa possível união se deve às alianças do PSD com partidos como PT e MDB, dos quais não se sente alinhado. Valério afirmou que só tomará uma decisão definitiva após ouvir a posição oficial do PSDB e da direção nacional do partido.
O PSDB, que enfrenta uma redução de sua bancada no Senado, já não conta com a força de anos passados. Em 2019, a sigla tinha seis senadores, mas atualmente se vê com um único representante. Em 2022, o partido se federou ao Cidadania, mas essa parceria ainda não é unânime dentro da legenda, gerando divisões internas. A fusão com o PSD é vista como uma estratégia para tentar fortalecer o partido e ampliar sua base para as eleições de 2026.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou que a fusão ou incorporação com outra sigla deverá ocorrer em 2025, com anúncio previsto para março. O movimento visa a recuperação do PSDB após dificuldades eleitorais, incluindo a perda de vereadores em São Paulo e a fraca performance na campanha de José Luiz Datena à Prefeitura. A definição de um novo rumo para a sigla é vista como crucial para sua sobrevivência política.