O PSDB, em um momento de crise política, iniciou conversações com o PSD, partido liderado por Gilberto Kassab, sobre uma possível fusão com o objetivo de fortalecer sua base para as eleições gerais de 2026. A decisão foi impulsionada pela derrota nas eleições municipais de 2024, onde o PSDB não elegeu vereadores em importantes capitais como São Paulo e Belo Horizonte. O partido paulista avalia que uma fusão ou federação com uma legenda com maior capilaridade nacional seria crucial para sua sobrevivência política, considerando também a falta de resultados positivos desde a união com o Cidadania em 2022.
Paulo Serra, presidente do PSDB de São Paulo, e Kassab discutiram as possibilidades de aliança, afirmando que a fusão está avançando. No entanto, a proposta ainda precisa ser debatida internamente no PSDB, já que há divisões sobre manter o partido independente ou se integrar a outra sigla. Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, comentou que a decisão final deve ser tomada em fevereiro, quando o Congresso retomar seus trabalhos. A união com o PSD também teria que ser aprovada pelo Cidadania, partido que já se uniu ao PSDB em 2022, mas sem sucesso nas urnas.
O PSDB pretende lançar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, como candidato à presidência em 2026, após ter apoiado Simone Tebet nas eleições de 2022. Além de Leite, o partido possui outros governadores, como Raquel Lyra, de Pernambuco, que está em negociação com o PSD sobre uma possível troca de partido, e Eduardo Riedel, de Mato Grosso do Sul, que tem atraído interesse de outras legendas. A possível fusão entre PSDB e PSD reflete a busca por uma maior força política nas próximas eleições, especialmente considerando o crescimento do PSD, que tem conquistado prefeituras e ocupa cargos ministeriais no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.