Vilmar Rocha, ex-deputado federal e ex-presidente regional do PSD, defende que a crítica à política econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve ir além da figura do gestor e se concentrar no governo como um todo. Segundo Rocha, uma eventual troca de Haddad por outro economista não resolveria as questões centrais enfrentadas pelo país. Ele argumenta que a crítica de figuras como Gilberto Kassab, embora válida, deveria focar no governo liderado pelo presidente atual, e não apenas no ministro.
Rocha também se posiciona contra a permanência de membros do PSD no governo, destacando que a relação do partido com a administração petista não é motivada por convicções programáticas, mas por interesses pessoais de alguns membros que buscam cargos. Ele considera que, para ser coerente com seus princípios, o PSD deveria deixar o governo de Lula e romper com o pragmatismo político, buscando uma aliança de centro para as próximas eleições presidenciais.
Em sua análise, Rocha defende que o PSD deve assumir uma postura mais crítica, inclusive promovendo uma autocrítica interna sobre sua atual postura. O ex-deputado vê como essencial que o partido se distancie do governo do PT e busque uma agenda própria, alinhada com seus princípios, para o futuro político do Brasil.