Milhares de romenos se reuniram em Bucareste neste domingo (12) para protestar contra o cancelamento das eleições presidenciais, convocando uma nova votação e pedindo a renúncia do presidente Klaus Iohannis. O Tribunal Superior da Romênia anulou as eleições de 6 de dezembro, que ocorreriam em dois turnos, após documentos mostrarem que o principal candidato, Calin Georgescu, teria se beneficiado de uma campanha ilegal nas redes sociais, possivelmente orquestrada por forças externas. Moscou negou as acusações relacionadas à sua possível interferência.
O tribunal determinou que o pleito fosse refeito integralmente, mas a coalizão governante ainda não apresentou um cronograma definitivo. Líderes partidários concordaram em realizar a votação nos dias 4 e 18 de maio. Iohannis, cujo mandato expirou em 21 de dezembro, permanece no cargo até que um novo presidente seja eleito. O cenário político tem gerado crescente polarização, com a oposição à decisão judicial sendo alimentada por diferentes grupos ideológicos.
Durante a manifestação, que foi organizada em conjunto com a extrema-direita e outros grupos insatisfeitos, os participantes pediram a “volta da democracia” e a realização do segundo turno das eleições. Os organizadores estimaram que cerca de 100 mil pessoas participaram, embora a polícia tenha calculado a presença de cerca de 20 mil. Os manifestantes também entoaram gritos como “Liberdade” e “Traga de volta o segundo turno”, refletindo o descontentamento popular com o andamento do processo eleitoral.