No último sábado, a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, foi palco de uma manifestação de familiares de crianças mortas por balas perdidas. O protesto foi organizado pela ONG Rio de Paz e reuniu parentes de 49 vítimas, que seguravam cartazes com fotos dos falecidos, pedindo justiça e visibilidade para os casos. Além disso, a manifestação também criticou a decisão da prefeitura de retirar as imagens de um memorial, que havia sido montado no local para homenagear as vítimas da violência, mas que foi removido sem aviso prévio.
A ação reuniu diversas famílias, incluindo a de Ester Assis, uma criança de 9 anos que morreu em 2023 após ser atingida por um tiro. Os participantes do ato, muitos deles pais de vítimas, reivindicaram a manutenção do memorial na Lagoa, considerando-o uma forma de sensibilizar as autoridades e a população. O fundador da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa, acusou a prefeitura de agir de maneira insensível ao remover as fotos, ressaltando que a decisão de manter a exposição visava chamar a atenção para a grave situação da violência no estado.
A prefeitura, por sua vez, defendeu a remoção das imagens alegando que não havia sido consultada sobre a montagem do memorial. Em nota, a administração municipal afirmou que reconhecia a importância da homenagem, mas que a instalação de tais exposições em espaços públicos requer consulta prévia. O episódio levanta questões sobre a segurança pública e a necessidade de políticas mais eficazes para proteger as comunidades cariocas, enquanto a organização Rio de Paz promete continuar seus protestos silenciosos e sua luta por justiça.