Em meio às celebrações pelos 471 anos de São Paulo, uma missa solene foi realizada na Catedral da Sé, com a presença de autoridades religiosas e políticas, incluindo o cardeal Odilo Scherer, o prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas. A cerimônia destacou a origem histórica da cidade, mencionando a missa celebrada pelos jesuítas em 1554. No entanto, enquanto isso acontecia, do lado de fora, movimentos sociais organizaram um protesto pedindo tarifa zero no transporte público. A manifestação, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MST) e pelo Movimento Passe Livre (MPL), criticava o valor atual da tarifa de R$ 5 e buscava sensibilizar a população sobre as dificuldades enfrentadas por quem depende do transporte público, especialmente nas periferias.
Além do protesto, o Padre Júlio Lancellotti liderou uma ação solidária, oferecendo café da manhã a pessoas em situação de vulnerabilidade social, com o apoio de diversos movimentos. A iniciativa se tornou uma tradição no aniversário da cidade e foi realizada paralelamente ao ato. Enquanto os protestos aconteciam do lado de fora, as autoridades presentes na missa focaram em temas históricos e na imagem acolhedora de São Paulo, sem mencionar os impactos das fortes chuvas que atingiram a cidade no dia anterior.
A presença de um grande contingente policial no local, com viaturas e agentes posicionados perto dos manifestantes, foi notada, mas não houve registros de confrontos. A Polícia Militar não soube precisar o número de manifestantes, mas a manifestação transcorreu de forma pacífica. O protesto e a ação solidária destacaram diferentes aspectos da cidade, com uma tensão entre as celebrações oficiais e as reivindicações sociais dos movimentos presentes.