No último domingo (26), o ex-presidente americano Donald Trump propôs a transferência dos habitantes da Faixa de Gaza para o Egito e a Jordânia, o que gerou fortes reações. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o grupo Hamas rejeitaram a ideia, enquanto membros do governo israelense a consideraram favorável. Trump, ao comparar a região com um local de destruição, afirmou ter discutido a proposta com líderes da Jordânia e Egito. A medida foi vista como uma possível solução temporária ou permanente para a crise humanitária na região.
A Jordânia e o Egito, por meio de seus ministros das Relações Exteriores, se opuseram veementemente à proposta, afirmando que a Palestina é para os palestinos e que deslocamentos forçados configurariam crimes contra a humanidade. A Liga Árabe também condenou a ideia, qualificando-a de limpeza étnica. O Hamas e outros grupos palestinos prometeram resistir a qualquer tentativa de deslocamento, rechaçando qualquer plano que envolvesse mudanças forçadas de território. Além disso, a proposta de Trump foi vista como um incentivo a crimes de guerra, agravando ainda mais a tensão na região.
Em meio a essa crise, um cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor, permitindo a troca de prisioneiros. Contudo, a implementação do acordo enfrenta dificuldades, com questões relacionadas à liberação de reféns e ao retorno de civis ao norte de Gaza. A ofensiva militar de Israel deixou um saldo trágico de mortes e feridos, enquanto a primeira fase do cessar-fogo prevê a liberação de prisioneiros palestinos em troca de reféns israelenses. O cenário continua tenso, com negociações sobre a reconstrução da Faixa de Gaza e o futuro dos palestinos ainda incertas.