O promotor especial Jack Smith concluiu que havia evidências suficientes para uma condenação de interferência nas eleições de 2020, mas a reeleição do ex-presidente em 2024 impediu o andamento do processo. O caso, que envolvia acusações de tentativa de anulação dos resultados da eleição e disseminação de informações falsas sobre fraude eleitoral, foi arquivado após a vitória de Trump. Segundo Smith, embora a Constituição dos EUA proíba processos contra presidentes em exercício, as evidências eram suficientemente fortes para um julgamento, mas a situação mudou com a reeleição.
Em seu relatório, Smith detalhou os desafios enfrentados pelos investigadores, como o uso de redes sociais por Trump para pressionar testemunhas e influenciar autoridades. O promotor afirmou que, apesar de não ter conseguido levar os casos a julgamento, seu trabalho foi crucial para defender o Estado de Direito. Trump, por sua vez, reagiu afirmando que as acusações eram infundadas e politicamente motivadas, refutando a ideia de que houve irregularidades.
A decisão de encerrar os casos após a eleição de 2024 gerou discussões sobre a aplicação da lei em situações envolvendo presidentes eleitos, especialmente considerando a proibição constitucional de processar um chefe de Estado em exercício. O relatório, divulgado após uma disputa legal sobre sua liberação, ainda abordou questões pendentes sobre documentos confidenciais relacionados ao ex-presidente. As investigações sobre esses documentos continuam, com outros envolvidos no caso aguardando julgamento.