Os projetos de regulação das redes sociais e da inteligência artificial estão enfrentando um futuro incerto na Câmara dos Deputados, especialmente após recentes mudanças no cenário político. A regulação das redes sociais tem gerado divisões, com o anúncio de novas políticas pela Meta, como a substituição do programa de checagem de fatos por um sistema de Notas da Comunidade, o que tem gerado críticas por parte de membros do governo federal. Mesmo com o apoio governamental, o projeto de regulação das redes continua travado, com uma polarização que dificulta avanços. A expectativa para 2025 é que o clima político permaneça tenso e a discussão sobre o tema continue sem avanços significativos.
Por outro lado, o projeto de regulamentação da inteligência artificial, aprovado no Senado em dezembro após mais de um ano de debates, agora segue para a Câmara. No entanto, a tramitação dentro da Casa está longe de ser garantida. Há discussões sobre anexar o projeto a outra proposta existente ou até mesmo engavetá-lo como uma forma de retaliação ao Senado, o que pode atrasar a votação. Além disso, há críticas ao conteúdo do projeto, com receios de que ele possa limitar o desenvolvimento da inteligência artificial no Brasil.
A transição de liderança na Câmara dos Deputados, com a eleição de um novo presidente para o cargo, também pode influenciar o ritmo das votações. Hugo Motta, que assume a presidência da Casa, tem defendido maior previsibilidade nas discussões, o que pode alterar a forma como as pautas serão tratadas no plenário. Contudo, sem uma maioria clara e com um cenário político polarizado, a continuidade dessas pautas de regulação segue em dúvida.
