O projeto “Qualificar e Reciclar”, implementado pela Polícia Penal de Goiás no Complexo Prisional Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia, utiliza resíduos de tinta de serigrafia para a produção de artefatos de concreto, como blocos sextavados e pavers. Realizado em parceria com o Grupo Sallo, o projeto tem como objetivo promover a sustentabilidade ambiental e reduzir os custos de descarte e produção. Além disso, oferece oportunidades de trabalho e qualificação para os reeducandos da Seção Industrial, que já contam com cerca de 350 participantes em diversas atividades laborais.
A iniciativa também beneficia o ambiente prisional, com a produção de blocos destinados à reestruturação interna da Seção Industrial e, futuramente, à melhoria de vias e espaços dentro do Complexo Prisional. A utilização dos resíduos de serigrafia na fabricação dos artefatos proporciona maior resistência e durabilidade aos blocos, sendo composta por tintas, vernizes e solventes que são misturados com outros materiais como cimento, brita e pó de brita. Com isso, o projeto contribui para um ciclo de reaproveitamento eficiente e sustentável.
Os custos do projeto são arcados pela empresa Sallo, que se responsabiliza pelo pagamento da mão de obra carcerária, consumo de energia elétrica e água, além da aquisição de insumos necessários para a produção. Atualmente, seis reeducandos participam ativamente da iniciativa, o que também representa uma oportunidade de qualificação profissional para os envolvidos. O projeto, além de reduzir impactos ambientais, amplia a empregabilidade e o aprendizado dos custodiados.