O Senado está prestes a votar um projeto de lei que reintroduz a obrigatoriedade do extintor de incêndio em automóveis, uma medida que havia sido abolida em 2015. O projeto, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, gerou debates acirrados entre parlamentares. A proposta, favorável a segurança veicular, tem apoio de alguns senadores, que destacam a importância do extintor como item de segurança e o baixo custo em comparação ao valor dos veículos. Além disso, ressaltam que o Brasil, em sua regulamentação com outros países da América Latina, exige o equipamento para a circulação de veículos.
Entretanto, o projeto também enfrenta resistência. Em 2019, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado havia rejeitado a proposta, citando a falta de preparo da maioria dos motoristas para o uso adequado do extintor e questionando possíveis interesses da indústria de extintores na aprovação da medida. Alguns parlamentares argumentam que a medida traria custos adicionais aos proprietários de veículos e não seria eficaz, dado o baixo uso do extintor em incêndios anteriores, conforme dados históricos.
Além das questões legislativas, especialistas como o tenente-coronel Rodrigo Freitas, do Corpo de Bombeiros, alertam sobre a necessidade de treinamento adequado para o uso do extintor e a manutenção dos equipamentos. Embora a presença do extintor seja vista como uma medida de segurança, ele destaca que mais importante seria investir em tecnologias de proteção passiva nos veículos, como o uso de materiais menos inflamáveis e a redução da emissão de fumaça tóxica em caso de incêndio. A votação do projeto no Plenário do Senado promete ser um ponto de inflexão em uma discussão sobre segurança veicular e políticas públicas.