A mediana das estimativas para o déficit primário do Brasil em 2024 continua em 0,50% do PIB, mantendo-se distante da meta do governo de déficit zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual. Para 2025, a projeção foi reduzida de 0,70% para 0,60% do PIB, mas ainda está fora da meta de déficit zero. Já para 2026, o déficit primário foi estimado em 0,50% do PIB, mantendo o mesmo valor da semana anterior, com uma melhora em relação à projeção de 0,60% do mês anterior.
No que se refere ao déficit nominal, a previsão para 2024 permanece em 7,90% do PIB, ligeiramente superior à estimativa anterior de 7,80%. Para os anos seguintes, a mediana do déficit nominal em 2025 e 2026 indica 7,60% e 7,00%, respectivamente, ainda elevados quando comparados com as metas fiscais. O déficit nominal reflete o saldo final das contas públicas após os gastos com juros, enquanto o déficit primário considera apenas as receitas e despesas correntes do governo.
As projeções para a dívida líquida do setor público como percentual do PIB também registraram pequenas quedas. Em 2024, a estimativa passou de 62,80% para 62,70%, e para 2025 a previsão foi reduzida de 67,0% para 66,95%. No entanto, para 2026, a projeção permaneceu estável em 70,80%. Essas estimativas indicam uma tendência de estabilidade nas finanças públicas, mas com níveis de endividamento e déficit que continuam desafiadores para o equilíbrio fiscal a médio prazo.