O governo federal estima que o Brasil tenha encerrado 2024 com um déficit de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), resultado mais favorável que as previsões iniciais do mercado, que indicavam um déficit de até 0,8%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que, mesmo após ajustes ao longo do ano, poucos analistas previam um índice inferior a 0,5%. Ele também mencionou que as despesas relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul, que elevariam o déficit para 0,37%, não foram consideradas no cálculo da meta fiscal.
Haddad destacou que o crescimento do PIB brasileiro em 2024 deve atingir 3,6%, conforme projeções atuais do Ministério da Fazenda. Esse desempenho econômico, aliado à redução do déficit, reforça a perspectiva de cumprimento da meta fiscal para 2024, que prevê um déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual. Apesar dos desafios enfrentados, como os impactos das enchentes no Sul, o governo busca alinhar o equilíbrio fiscal às demandas por crescimento sustentável.
As despesas emergenciais provocadas pelas calamidades naturais no Rio Grande do Sul, registradas entre abril e maio, não foram incluídas nos cálculos do cumprimento da meta fiscal, conforme previsto em lei. O resultado projetado, se confirmado, poderá consolidar uma imagem de responsabilidade fiscal do governo federal, enquanto o país mantém uma trajetória de crescimento econômico e melhoria nos indicadores fiscais.