A partir de 2025, o uso de celulares nas escolas será proibido por lei, tanto nas redes públicas quanto nas particulares. A medida, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa proteger os estudantes dos impactos negativos das telas na saúde mental e física. Apesar de ser um avanço em termos de proteção, a proibição gerou reações mistas entre os alunos. Enquanto alguns, como Rafaela, da Grande São Paulo, acreditam que será difícil ficar sem o celular durante o dia escolar, outros, como Larissa e Victoria, do Rio de Janeiro, já se adaptaram à ideia de não ter acesso ao aparelho, destacando que isso tem melhorado o foco nas aulas.
A lei permite o uso de celulares para fins pedagógicos, desde que orientados pelos professores, mas proíbe seu uso durante os intervalos. Essa restrição gerou críticas de estudantes como Andreza e Pérola, que consideram que a tecnologia pode ser benéfica se usada de maneira adequada. Elas questionam a medida, argumentando que o celular poderia ser usado para atividades como tirar fotos ou acessar sites educativos, já que as escolas também fornecem outros dispositivos para atividades pedagógicas, como tablets.
A implementação da lei, no entanto, apresenta desafios, especialmente nas escolas públicas. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, destacou a necessidade de um planejamento cuidadoso para garantir que os aparelhos sejam usados corretamente. A falta de infraestrutura em algumas escolas e a falta de envolvimento das comunidades escolares nas decisões sobre o uso da tecnologia podem tornar a aplicação da medida mais difícil. A proibição reflete uma tendência internacional, com outros países, como França e Espanha, já adotando legislações semelhantes.