Professores da rede estadual de ensino do Pará, em greve desde o dia 23 de janeiro, realizaram uma assembleia geral na terça-feira (28) para discutir suas pautas de reivindicação. O encontro aconteceu no ginásio do Sindicato dos Urbanitários, em Belém, e resultou na decisão de manter a paralisação. Entre os 31 pontos levantados pelos professores, o principal pedido é a revogação da lei 10.820 de 2024, que altera a carreira do magistério no estado.
A lei em questão é vista pelos manifestantes como um retrocesso nos direitos conquistados ao longo dos anos, especialmente em relação à criação dos Quadros Suplementares, cargos ocupados por profissionais sem concurso público. Além disso, a legislação impõe restrições que, segundo os professores, afetam a estabilidade e os direitos trabalhistas, como o caso de profissionais que perdem direitos ao adoecer. A greve, com adesão de 50% dos professores em algumas escolas, segue ganhando apoio e visibilidade.
Após a assembleia, os professores realizaram uma caminhada até a sede da Secretaria Estadual da Fazenda, onde ocuparam o pátio e o hall de entrada. O governo estadual, por meio da Secretaria de Educação, ainda não se posicionou oficialmente sobre o movimento. A manifestação tem ganhado força na capital e em outras localidades do estado, refletindo o descontentamento da categoria com as mudanças propostas pela nova legislação.