A retomada da indústria americana foi uma das promessas centrais durante a campanha presidencial, com a venda de produtos associados ao atual presidente dos EUA, muitos dos quais, no entanto, são fabricados fora do país, especialmente na China. Entre os itens promovidos estão tênis dourados, uma Bíblia e bonés com o slogan “Make America Great Again”, todos com origens e custos de produção controversos. A Bíblia, por exemplo, foi vendida por US$ 60, com um custo de produção de apenas US$ 3, enquanto os bonés, que fazem alusão à fabricação americana, trazem etiquetas indicando que foram produzidos na China.
Essa dicotomia entre os discursos de revitalização da indústria americana e a importação de produtos estrangeiros tem gerado discussões, principalmente entre os apoiadores do movimento, que questionam a autenticidade das promessas feitas. Itens como guitarras assinadas e outros produtos também têm sido alvo de críticas, principalmente pela suspeita de que sejam fabricados na Ásia, contradizendo o discurso protecionista de incentivo à produção doméstica. A falta de clareza quanto à origem de alguns produtos, como as guitarras associadas ao nome do presidente, tem levantado questões sobre a veracidade das alegações de apoio à indústria dos EUA.
Além disso, o atual momento político e econômico tem refletido nas ações empresariais do presidente, que continua a expandir seu portfólio de negócios, incluindo plataformas digitais e criptomoedas, todas ligadas ao seu nome e à sua imagem. Esses empreendimentos têm alimentado um debate sobre possíveis conflitos de interesse, dada a sua posição política e as implicações para suas diversas iniciativas empresariais. O crescimento desses negócios ocorre no contexto de uma agenda que mistura estratégias políticas e comerciais, despertando questionamentos sobre as intenções por trás de suas promessas de transformar a economia dos EUA.