Procuradores-gerais de 18 estados, além do Distrito de Columbia e da cidade de São Francisco, ajuizaram uma ação para contestar uma ordem executiva do presidente Donald Trump, que visa eliminar a cidadania por nascimento nos Estados Unidos. Essa medida, assinada na segunda-feira, é uma das promessas de campanha do presidente, mas tem gerado grande oposição, resultando em uma possível longa batalha judicial.
Autoridades jurídicas, como o procurador-geral de Nova Jersey, Matt Platkin, argumentam que o presidente não tem poder para revogar a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante a cidadania a crianças nascidas no país. Por outro lado, William Tong, procurador-geral de Connecticut, alertou que, apesar de a proposta estar equivocada, ela poderá causar impactos negativos imediatos nas famílias americanas.
Além dos procuradores, grupos como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) também recorreram à Justiça, argumentando que a ordem é inconstitucional e ressaltando os danos que ela pode causar às crianças. A medida enfrenta resistência de estados como Califórnia, Nova York e Massachusetts, que defendem que a cidadania por nascimento é um direito garantido pela Constituição dos EUA.