A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) notificou a concessionária Enel, responsável pela distribuição de energia na Região Metropolitana de São Paulo, para prestar esclarecimentos sobre a interrupção prolongada dos serviços na última terça-feira, 7. Mais de 650 mil consumidores foram afetados pelo apagão, que gerou instabilidade na comunicação de informações por parte da empresa. A Enel tem um prazo de sete dias para detalhar o número de clientes impactados, as áreas afetadas e as ações adotadas para restabelecer o fornecimento de energia.
O Procon-SP destacou que essa é a primeira etapa de uma fiscalização mais ampla sobre interrupções frequentes no fornecimento de energia. Caso a notificação não seja respondida no prazo, a concessionária pode ser multada, sendo esta a quarta sanção em menos de 14 meses. A entidade também critica a justificativa recorrente da empresa, que atribui os problemas a eventos climáticos severos, e cobra medidas mais concretas diante da previsibilidade desses fenômenos.
A concessionária informou que o apagão foi causado por falhas em linhas de transmissão, reduzindo o número de consumidores afetados para 150 mil após às 15h30. São Caetano do Sul foi a cidade mais prejudicada, com mais da metade dos clientes sem energia. O caso levanta preocupações sobre a capacidade da Enel de responder a crises climáticas, que têm se tornado cada vez mais frequentes na região.