O governo dos Estados Unidos entrou com um processo contra uma unidade de uma grande empresa do setor de casas pré-fabricadas, acusando-a de impor condições de empréstimo que colocam tomadores em risco financeiro. A ação foi movida pela Agência de Proteção Financeira ao Consumidor (CFPB) e alega que a unidade ignorou sinais claros de que muitos clientes não teriam condições de arcar com os pagamentos, levando-os a inadimplência, multas e até perda de seus imóveis.
Segundo a acusação, a empresa teria subestimado a capacidade dos tomadores de empréstimos de manter suas despesas básicas e continuar pagando outras dívidas. Em um dos casos mencionados, uma família teria sido aprovada para um empréstimo imobiliário que lhes deixou menos de US$ 60 mensais para gastos discricionários, resultando em inadimplência e dificuldades financeiras severas. Além disso, a empresa teria deliberadamente promovido empréstimos de alto risco para garantir a venda de casas pré-fabricadas.
A CFPB busca penalidades civis e compensações para os tomadores prejudicados, com base na violação do Truth in Lending Act. A empresa em questão é líder no setor de casas pré-fabricadas nos Estados Unidos, atendendo especialmente clientes com baixa renda e crédito limitado. Este caso reacende debates sobre práticas predatórias no mercado imobiliário e os desafios enfrentados por populações vulneráveis ao acessar moradia de maneira sustentável.