No dia 11 de janeiro, Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, foi encontrada morta em sua casa, após passar por um procedimento estético para harmonização de bumbum em uma clínica no Recife. A família informou que o procedimento foi realizado com o uso de PMMA, uma substância proibida para fins estéticos no Brasil pela Anvisa, devido aos riscos à saúde. A vítima desenvolveu complicações logo após ser liberada da clínica, que resultaram em choque séptico e infecção no trato urinário, conforme apontado no atestado de óbito.
O médico responsável pelo procedimento, Marcelo Vasconcelos, não possui registro ativo no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), e a clínica onde ele trabalha não tem a estrutura necessária para realizar esse tipo de intervenção. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) condena o uso do PMMA para harmonização glútea, considerando-o altamente perigoso, pois a substância pode causar sérias complicações, como infecções graves, trombose e até risco de morte.
Apesar de a Anvisa ter regulamentado o uso do PMMA para condições específicas, sua aplicação em procedimentos estéticos é amplamente criticada por especialistas. A SBCP recomenda alternativas mais seguras para a harmonização glútea, como preenchedores à base de ácido hialurônico e lipoaspiração com gordura do próprio paciente. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e pelos órgãos de fiscalização, enquanto a comunidade médica reforça a importância de realizar esses procedimentos com profissionais qualificados e em locais adequados.