A implementação do sistema de bilhetagem eletrônica Jaé, que substituirá o Riocard no transporte público do Rio de Janeiro, enfrenta uma série de problemas. Durante uma vistoria realizada pelo vereador Pedro Duarte, foram identificados 14 pontos de recarga da Zona Sul e Centro onde o serviço não estava disponível, ou os comerciantes desconheciam o cadastramento. Isso tem gerado frustração entre os usuários e levantado questões sobre a eficácia da divulgação dos pontos de recarga, especialmente quando alguns estabelecimentos não estavam preparados para atender à demanda.
Além disso, usuários, como donos de bancas e idosos, estão enfrentando dificuldades no acesso e no agendamento para obter os cartões do Jaé. Muitos relataram longas filas e problemas para realizar o cadastro no site, o que tem prejudicado a implementação do sistema. A falta de um planejamento mais eficiente antes da operação oficial do sistema já gerou críticas e chamou atenção sobre os potenciais obstáculos que ainda precisam ser resolvidos.
A Prefeitura do Rio enfrenta desafios adicionais relacionados à venda do consórcio responsável pela operação do Jaé para a empresa Autopass, o que tem gerado questionamentos por parte de outras empresas envolvidas no processo. Embora o Jaé tenha informado que os pontos de recarga principais estão localizados em estações do BRT e do VLT, a preocupação com a falta de infraestrutura e com os problemas de cadastro pode impactar o lançamento do sistema, cuja operação exclusiva foi adiada mais de uma vez e está prevista agora para 1º de julho.