No último sábado (11), a Justiça de São Paulo autorizou a prisão temporária de um suspeito envolvido no ataque ao assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé. O ataque, ocorrido na noite de sexta-feira (10), resultou na morte de duas pessoas e deixou seis feridos. Um dos suspeitos, que já se encontra preso, apontou outro indivíduo como participante do crime, que segue foragido. As investigações apontam que a motivação do ataque está ligada a uma disputa por um terreno no assentamento, e a polícia busca entender se o suspeito agia por conta própria ou se havia um mandante por trás do crime.
A Polícia Civil conseguiu identificar o principal suspeito, que foi reconhecido por algumas das vítimas e testemunhas que estavam presentes durante o ataque. O indivíduo confessou sua presença no local e alegou que estava lá para resolver uma disputa, mas negou ter efetuado os disparos. A polícia apreendeu itens relacionados ao crime, como armas de fogo e uma moto, que foram utilizadas durante a invasão. A investigação também busca identificar outros participantes do ataque, sendo que a motivação e o planejamento do crime ainda estão sendo apurados.
O caso gerou forte comoção, com diversas autoridades se manifestando sobre a brutalidade do ataque e a necessidade de um rigoroso acompanhamento das investigações. O Ministério dos Direitos Humanos afirmou que reforçará a proteção aos líderes comunitários da região, e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar expressou apoio às vítimas, repudiando o ocorrido. A Polícia Federal também foi designada para investigar as circunstâncias do crime, que envolve violação dos direitos humanos das famílias do assentamento.