A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, viajará a Roma no mês de fevereiro para participar de uma reunião crucial para a eleição do presidente da Aliança Global de Combate à Fome. Ela acompanhará o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e aproveitará a oportunidade para participar de um evento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), vinculado à ONU. A viagem, prevista entre os dias 9 e 13 de fevereiro, tem como objetivo fortalecer a candidatura do Brasil à presidência da Aliança Global, um grupo multilateral com 142 membros.
Embora não ocupe um cargo formal no governo, Janja tem exercido um papel significativo em representações internacionais, acompanhada por uma equipe informal de assessores. Esta equipe, composta por pelo menos 12 pessoas, tem gerado controvérsias, especialmente em relação aos custos com viagens, que já superaram R$ 1,2 milhão desde o início do terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. A presença de Janja em eventos internacionais, como sua recente ida à abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, também gerou críticas, principalmente devido aos gastos com a comitiva e a falta de um cargo oficial.
A transparência sobre as viagens da primeira-dama foi questionada pela ONG Transparência Internacional, que criticou a resistência do governo federal em fornecer informações detalhadas sobre esses deslocamentos. Em resposta, Janja afirmou que a falta de um cargo formal foi uma decisão influenciada por questões de gênero, e o ministro Rui Costa defendeu que a atribuição de um cargo oficial poderia ser interpretada como nepotismo. O debate sobre o papel de Janja no governo segue em curso, com divergências sobre a natureza de suas funções e o impacto de sua atuação internacional.