A primeira-dama, Janja da Silva, fez um discurso no Palácio do Planalto em cerimônia que marcou os dois anos dos ataques golpistas de 2023, com destaque para a recuperação de 21 obras danificadas por vândalos. Durante seu pronunciamento, ela lembrou que o Palácio foi vítima de atos de ódio e defendeu a união e a solidariedade como resposta a essas manifestações antidemocráticas. Janja enfatizou que o patrimônio histórico do Brasil, representado pelas obras restauradas, deve ser preservado como símbolo da democracia e da cultura do país.
A primeira-dama também apontou a importância da memória histórica como um alerta contra tentativas autoritárias. Ela ressaltou que a defesa da democracia deve ser constante e que o legado cultural do Brasil deve ser protegido e valorizado por todos. Para ela, preservar a história e a cultura brasileira é fundamental para garantir que as futuras gerações possam se inspirar nas conquistas do país. Janja citou a participação de artistas como exemplo de resistência contra momentos autoritários, mencionando a atriz Fernanda Torres e sua atuação no filme “Ainda Estou Aqui”.
O restauro das obras, que incluiu um relógio do século XVII, contou com a colaboração internacional entre Brasil e Suíça, sendo um dos marcos dessa recuperação. O embaixador suíço no Brasil, Pietro Lazzeri, destacou o esforço conjunto de mais de mil horas de trabalho e a criação de uma rede de profissionais para manter o relógio restaurado. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que foram investidos R$ 2 milhões na restauração e em projetos educativos voltados à valorização do patrimônio cultural, reforçando a importância da cultura como elemento essencial para a democracia.