O primeiro-ministro da Groenlândia, Múte Egede, declarou que o país não tem interesse em se tornar parte dos Estados Unidos, apesar das recentes declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre a importância da Groenlândia para os Estados Unidos. Trump sugeriu que seria “uma necessidade absoluta” para os EUA tomar posse da ilha, além de ter insinuado o uso da força para isso. A declaração gerou um grande tumulto diplomático, o que levou Egede a expressar seu desconforto e reafirmar a soberania da Groenlândia.
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 13 de janeiro, Egede enfatizou que, embora a Groenlândia não queira se tornar americana, o país está aberto a fortalecer os laços com os Estados Unidos, especialmente nas áreas de segurança e defesa. Ele também ressaltou a importância de estreitar a colaboração em outros setores, como a exploração de recursos naturais, com destaque para o setor de mineração.
Apesar da recusa em aceitar a ideia de anexação, Egede se mostrou receptivo ao investimento americano, principalmente em projetos de mineração na ilha. Ele também destacou o desejo de avançar na cooperação com os EUA de maneira pacífica e construtiva, sem comprometer a autonomia e a identidade da Groenlândia.