Os reajustes nas mensalidades escolares e os aumentos nos preços dos alimentos contribuíram para a aceleração da inflação no Brasil, conforme medido pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de janeiro, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) passou de uma leve queda de 0,02% em dezembro para uma alta de 0,26% no primeiro mês de 2025, com destaque para o aumento nos custos com cursos de ensino fundamental (2,36%) e superior (1,93%), além de alimentos como café em pó (6,39%) e tomate (10,06%).
Seis das oito classes de despesa analisadas apresentaram variações mais altas em relação ao mês anterior. Os grupos de Habitação, Alimentação, Vestuário, Saúde, Transportes e Educação foram os principais responsáveis por esse movimento, com destaque para o aumento em Vestuário (de -0,26% para 1,02%) e Saúde (de 0,11% para 0,47%). Por outro lado, os grupos de Despesas Diversas e Comunicação tiveram variações mais suaves, com a inflação de Despesas Diversas desacelerando de 1,02% para 0,32%.
Esses dados refletem um cenário em que a inflação permanece pressionada por aumentos setoriais, principalmente na educação e no consumo de alimentos, com impacto direto no bolso do consumidor. O IGP-10 de janeiro indica que, apesar de alguns grupos apresentarem desaceleração, a tendência de alta nos custos continua a afetar diversos setores da economia, sugerindo uma recuperação moderada dos preços após os recuos registrados no fim do ano anterior.