Em 2024, autoridades dos Estados Unidos e da Dinamarca pressionaram a empresa Tanbreez Mining a não vender seu grande depósito de terras raras na Groenlândia para compradores ligados à China. O CEO da Tanbreez, Greg Barnes, afirmou que representantes norte-americanos manifestaram de forma constante o desejo de evitar que o projeto fosse transferido para empresas chinesas. A medida reflete a crescente preocupação dos EUA com a segurança econômica e estratégica da região, dada a importância das terras raras, minerais essenciais para tecnologias avançadas, como veículos elétricos e sistemas de defesa.
Barnes acabou vendendo a Tanbreez para a Critical Metals, com sede em Nova York, em um acordo que será finalizado até o final de 2025. Embora a venda tenha sido realizada por um valor significativamente inferior ao oferecido por empresas chinesas, a pressão política foi um fator determinante. O CEO da Critical Metals, Tony Sage, confirmou que a oferta da empresa foi menos vantajosa, mas a alternativa de uma venda para a China não foi considerada devido à interferência de autoridades ocidentais.
A venda do projeto e a atuação dos EUA destacam a crescente importância da Groenlândia no cenário global, especialmente em relação à exploração de minerais estratégicos. Embora a ilha seja uma parte autônoma da Dinamarca e não esteja à venda, as discussões sobre seu potencial para investimentos em mineração continuam a atrair a atenção de potências ocidentais. Enquanto isso, o projeto de terras raras rival, controlado parcialmente por interesses chineses, enfrenta dificuldades legais, demonstrando a competitividade global pela exploração dos recursos da região.