Nesta segunda-feira (13), mediadores entregaram aos envolvidos no conflito de Gaza um rascunho final de um possível acordo de cessar-fogo, com o objetivo de pôr fim a mais de um ano de guerra. O conflito, iniciado após os ataques de 7 de outubro, continua sem resolução, apesar dos esforços de vários governos, incluindo os Estados Unidos, o Catar e o Egito, para forçar um acordo que leve à libertação de reféns e ao fim das hostilidades. A expectativa é que a pressão internacional, somada ao papel de líderes como Donald Trump, ajude a abrir caminho para um acordo.
Segundo o analista Américo Martins, a situação continua marcada por exigências rígidas de ambos os lados. O Hamas, além do cessar-fogo, exige a retirada total das forças israelenses, enquanto Israel pede a liberação de reféns e a destruição do grupo. Apesar de algumas promessas de acordo nos últimos meses, a persistente radicalização das partes envolvidas dificulta um avanço significativo. Além disso, a possível volta de Trump à presidência dos Estados Unidos adiciona uma nova camada de pressão, com o ex-presidente afirmando que tomará medidas drásticas caso os reféns não sejam libertados.
Américo ressalta que, embora haja uma esperança gerada pela proximidade de uma nova administração nos EUA, não há garantias de que o acordo será concretizado. A radicalização dos dois lados e a continuidade das exigências irreconciliáveis tornam o caminho para a paz ainda incerto. A intervenção internacional e a liderança de grandes potências seguem como fatores cruciais, mas a resolução do impasse depende de concessões que ainda não se mostram viáveis.