O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de aumentar a taxa Selic em um ponto percentual, elevando-a para 13,25%. Lula, em entrevista concedida na quinta-feira (30), minimizou a relevância dessa medida, ressaltando que a decisão já havia sido prevista sob a gestão anterior do Banco Central, que era presidida por Roberto Campos Neto. O presidente afirmou que tem plena confiança no trabalho do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e acredita que ele conseguirá proporcionar uma redução da taxa de juros no futuro.
A elevação da Selic, a quarta consecutiva, ocorre em um contexto de inflação crescente no país. Embora o aumento seja uma estratégia eficaz para conter a inflação, seu efeito colateral é uma desaceleração no ritmo de crescimento econômico. O Copom, em sua decisão unânime, indicou que novas altas podem ocorrer nos próximos meses, dependendo da evolução do cenário inflacionário. A continuidade da alta dos juros já era amplamente esperada pelos analistas de mercado, após declarações feitas anteriormente pelo Banco Central.
Além de abordar a política monetária, a entrevista de Lula representou uma mudança na estratégia de comunicação do governo, com a presença de jornalistas em um formato mais livre e informal. A nova abordagem ocorre após a nomeação de Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação Social, substituindo Paulo Pimenta. O governo parece buscar um contato mais direto e ágil com a imprensa, ajustando sua comunicação no contexto atual de desafios econômicos.
